segunda-feira, 8 de julho de 2013

Sobrevivendo em 16m²

Olá, people.

Estava devendo um post sobre a mudança para o kitnet.
Tudo começou porque estávamos saindo de um apartamento pois a nossa renda tinha diminuído drasticamente depois que o marido foi demitido do emprego em São Paulo.
Minha mãe tinha um kitnet dando sopa e ofereceu pra gente conseguir se reerguer.
Aí bateu aquele desespero. Como iríamos sobreviver num espaço tão pequeno? Eu já tinha morado nesse kit anos anos com o meu pai, e já achava minúsculo só com duas pessoas...imagina com mais???
Na dúvida do que poderia fazer, eu fiz o que todos fazem hoje em dia: perguntei pro Google :D
Então, depois de ler vários sites com dicas sobre decoração para espaços pequenos cheguei a conclusão de que nenhum deles se enquadrava à minha realidade. Todos indicavam móveis claros, pequenos e que pudessem caber no ambiente pequeno ou que fossem feitos em marcenaria. Ambientes criados para solteiros, com o intuito de serem abatedouros convidativos para o sexo oposto, e que custavam uma pequena fortuna.
O que era totalmente fora de questão. O kit precisava comportar dois adultos, duas crianças em idade escolar e dois gatos. E a mudança para esse apertamento era justamente economizar, e não gastar.
Daí eu e o marido começamos a procurar soluções viáveis.
A primeira delas foi vender todos os nossos móveis da casa anterior, já que não teríamos espaço para eles. Da casa antiga só veio a geladeira, o fogão, a máquina de lavar, a televisão da sala, o rack da tv e a minha estante de livros (porque sem m² eu vivo, mas sem livros nããããooooooo). Todo o resto foi vendido.
A segunda foi usar o dinheiro dos móveis que vendemos para comprar um guarda-roupa grande o suficiente para comportar as roupas e pertences dos quatros moradores. Pegamos um com portas de correr. Ele é enorme, mas mesmo assim ainda tivemos que pegar uma cômoda para os meninos.
Deu um trabalhinho para achar, mas valeu a pena. Recomendo um desses para quem não tem m² sobrando

Reformamos os armários planejados antigos que a minha mãe tinha na mini micro cozinha e só acrescentamos uma prateleira para o microondas novo (porque o antigo pifou na mudança ¬¬).
A cozinha, depois que reformamos os armários com contact

E por último, tivemos que fazer uma limpa em tudo que tínhamos.
Só ficaram as coisas essenciais ou especiais. O resto foi tudo para doação. Sabe aquela calça que não era usada há mais de seis meses? Doação. Aquele brinquedo que ficava jogado? Doação.
O pequeno aprovou ^^

E depois que terminamos, conseguimos reparar em como nos apegávamos em coisas materiais. Era tanta porcaria e coisa inútil que foi embora.
Foi libertador.
O prédio tinha um jardim gigante que era o favorito das crianças

Ficamos um ano nesse apartamento e só saímos de lá porque pintou a oportunidade muito boa.
Mas confesso que sinto falta dele. O bairro era ótimo e super bem localizado. Fora que morar num pé na areía não tem preço.
Se eu tropeçasse, caía na praia
Então, basicamente seguimos só algumas regras:
1) Móveis práticos na padronagem que você gosta. Esqueça os móveis claros e espelhos só porque leu numa revistinha de decoração. Nenhum truque vai acrescentar m² no seu apê. Use móveis claros somente se realmente gostar de móveis claros;
2) Caixas organizadoras em cima do armário ajudam e abrem espaço para o que você realmente usa no dia-a-dia;
3)Deixe somente os utensílios de cozinha que vai usar. Não há necessidade de um jogo de jantar gigante se a sua casa só comporta a visita de duas pessoas por vez;
4)Não junte louças e roupas sujas. Lugares pequenos não comportam sujeira;
5) Caso a geladeira não caiba na cozinha, coloque-a na sala. Não se desespere. Pense nela como um grande frigobar :)

Então, não esquente se tiver que fazer alguma mudança drástica na vida.
Caso precise ou queira fazer algo assim, vá na fé. Tendo a família do lado, com saúde e unida é o que conta. O resto é só o resto.

sábado, 6 de julho de 2013

Pobre tem que ser criativo

Olá, chuchus.

O post de hoje é sobre como ter uma cozinha fofa gastando pouco ^^

Eu adoro reinar, inventar e reformar. Nada como brincar de casinha com a casa da gente, ne?
E melhor ainda quando isso custa bem pouco.
Eu me mudei no fim do ano passado para um apartamento alugado, e como tive que mobiliar a casa inteira de novo, pois estava vindo de um kitnet (que era umas três vezes menor), tinha um valor X e não queria ultrapassá-lo.
E isso foi um desafio, já que o apartamento tinha sido super hiper mega mal tratado pelo inquilino anterior.
Poxa, então por que você alugou isso? Simples, eu morei quase a minha vida toda nesse apartamento, e me sinto super bem lá.
Enfim, reformamos o que deu e não custava muito. Afinal, por mais apelo sentimental que o apê tenha, ninguém merece sair fazendo filho na mulher dos outros e depois ficar a ver navios.
O gabinete da pia não teve jeito. Tivemos que trocar. O infeliz inquilino que morou aqui antes conseguiu destruir o móvel. Mesmo depois de limparmos, cada vez que abríamos as portas do gabinete o apartamento era empesteado com cheiro de mofo >_<
Estado do gabinete quando pegamos as chaves do apê
Eca! Somos pobres, mas somos limpinhos. Então fora móvel nojento. Olá marcenaria :)
O móvel novo foi feito na Marcenaria Marapé, aqui em Santos, com o Sr. Joel, e eu recomendo muito. O serviço ficou de primeira, e não ficou caro.

O outro gabinete nós conseguimos salvar! Êeeeeeeeeee. E com um pouquinho de paciência, um pouco de contact e puxadores novos ele ficou novinho em folha :)
Balcão antes, com as portas em bege e cerejeira e os puxadores de plástico


Porta horrorosa e datada

Colando o contact branco

Renovada com o contact branco e o novo puxador de alumínio escovado

O gabinete já prontinho. Não reparem na bagunça ^^

Mas mesmo com esses dois móveis, nós ainda precisávamos do resto da cozinha. Dei uma olhada nas lojas Ceará, mas achei tudo muito fraquinho para o preço. Foi daí que lembrei da Prateleiras e Cia, que tinha uns armários aéreos simples, baratos e que dariam conta do recado. Eles vieram e instalaram tudo por um ninharia.
Porta com o puxador original.

Instalando os puxadores novos

Já com a furação nova. Depois, foi só revestir a porta com contact branco para esconder a furação antiga.

Ta-rã

De outro ângulo, o gabinete novo da marcenaria é o da esquerda.
E o resultado foi esse.
Mesmo pagando a instalação saiu por menos da metade do das lojas Ceará, fora que a qualidade eu achei melhor.
Se eu indico fazer isso? Sim. É prático, é barato, e na hora que enjoar, é só fazer de novo.

Não é só porque você não pode (ou quer gastar para) ter aquela cozinha planejada ou de marcenaria dos sonhos, que você precisa ter uma cozinha esculhambada.

O que vai precisar:
-Contact na cor desejada;
-Estilete;
-Tesoura;
-Puxadores novos;
-Furadeira.

Como fazer:

Retire a porta que vai encapar.
Retire o puxador antigo.
Caso seja necessário uma nova furação para o novo puxador, use a furadeira.
Limpe o móvel que você vai encapar com um pano úmido.
Separe o contact que você vai usar e meça apoiando no móvel.
Cole o contact aos poucos para não criar bolhas. 
Corte as rebarbas com o estilete.

Nível de dificuldade (de 1 a 10): 
2 para o contact, se precisar da furadeira aumenta para 4.


Custo: 
Média de R$11,50 o rolo fechado de contact branco fosco (fiz todos os armários e ainda sobrou contact). 
Cada puxador custou uma média de R$7,00. 
A soma dos armários aéreos não chegou a R$500,00.
O gabinete da pia, com corrediças de metal e MDF branco saiu por R$900,00, cuja metade foi custeada pelo proprietário do imóvel. O móvel foi produzido, entregue e instalado em quatro dias.

Onde achar:
Armários aéreos: Prateleiras e Cia.
Puxadores de metal: http://www.casadospuxadores.com.br/loja.htm
Gabinete em MDF: Marcenaria Marapé
Contact - rolo fechado: Papelaria Kalunga


sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Hobby novo: miniaturismo 1/6

Hello people.

Faz um tempinho que não passo por aqui, ne?

Enfim, como agora moro num lugar onde m² é luxo, estou exercitando minha criatividade com um hobby novo: miniaturismo :)

Tudo começou quando passeava numa loja de brinquedos com as crianças e o marido e fiquei namorando uma Barbie...hehe
Sim, eu gosto da Barbie. Sempre gostei. E quando era criança tinha uma verdadeira cidade da Barbie no meu quarto.

No dia das crianças tive a feliz surpresa de ganhá-la ^^ Ta-rã...tinha minha Bárbara (porque Barbie é só para os íntimos).

Aí sabe como é que é... antigos hábitos são difíceis de mudar. E logo, só a Bárbara não bastava, e adquiri o restante da família.
Esse é o Bruce, e ele estava com sede ^^

Fuçando na internet, depois de ser zoada pelo marido que disse que eu estava velha demais para brincar de boneca e comprar móveis pink (sempre odiei essa cor ¬¬), achei inúmeros grupos sobre miniaturismo, e verdadeiras aulas sobre escalas e afins, como nesse link .
A família reunida. Preciso aprender a tirar fotos O_o


Grupos e mais grupos no flickr sobre decorações de espaços minúsculos, móveis em escala, casa gigantescas, roupas reais...e nada para crianças :D Enfim, achei o paraíso.

O marido, que antes riu, entrou na brincadeira e está montando uma casa para Bárbara, em madeira, em escala de 1/6 (playscale), que eu projetei. E está me ajudando a fazer todo o mobiliário nessa escala.
Esse é o sofá que fiz em escala 1/6. Gostei muito do resultado :)


Garimpei lojas e mais lojas atrás de materiais, acessórios e afins. Deu um super trabalho.
Mas poxa vida, fazia tempo que não me divertia tanto.

E a coisa que era pra ser só um hobby acabou dando mais certo que o esperado e pretendido, que agora vendo algumas peças para aficionados como eu.




quarta-feira, 7 de março de 2012

Adotar é tudo de bom

Hello again, people.

Hoje finalmente fiz um post de utilidade pública para dar minha humilde opinião e contar um pouco da minha experiência como assunto.
Estou me referindo à adoção de animais.

Antes um pequeno resumo sobre como cheguei aqui...

Até quase os vinte e poucos anos nunca tinha adotado um bichinho. A única que tive até então foi comprada, e de acordo meus pais, custou os olhos da cara.
O ruim é, quando você compra um animal num anúncio de jornal ou até mesmo numa pet shop da vida, corre-se o risco de ser ludibriado. Foi o meu caso.
Minha cachorrinha (essa que meus pais compraram), uma Cocker Spaniel Inglês linda de morrer, chegou já doentinha. Minha mãe gastou horrores com ela em visitas diárias no veterinário. E de todo a cria, ela foi a única que sobreviveu. Todos os irmãozinhos, a mãe e pai faleceram.
Quem vendeu depois tentou comprá-la de volta, alegando precisar continuar a criação.
Percebem como isso é errado em N sentidos???
Um animal sente tanto quanto um ser humano, então como simplesmente devolver alguém (sim, porque depois de entrar pra família ela deixou de ser uma simples cachorrinha) porque gastei demais no veterinário?Ou simplesmente porque a pessoa precisava dela para continuar sua criação de Cockers, sem a menor responsabilidade? Ela não era um objeto que pudesse ser vendido, trocado, emprestado ou devolvido depois que enjoasse.
Por isso, Fofa (era o nome dela) ficou com a gente durante quinze curtos e felizes anos.

Depois dela, nenhum animal conseguiu ocupar o lugar da minha irmãzinha canina.
Então para minha surpresa, depois de algumas tentativas, adotei a Yuki, uma vira-lata branquinha super fofa.
Adotei de uma amiga que, apesar de não ter condições, estava cuidando dela e dos irmãzinhos.
Yuki veio morar com a gente quando tinha dois meses. E foi uma das melhores coisas que fiz.
Eu e a Yuki

Ela era esperta e super educada, uma verdadeira Lady.
Meus filhos amaram ter um bichinho pra brincar.
Mas a Yuki cresceu, e muito. E logo meu filho mais velho tinha receio de brincar com ela, pois ela em pé ficava maior que ele.
Daí, veio a Tora, a minha gatinha.
Eu e a Tora

Adotei ela de um pet shop que estava cuidando de uns gatinhos que um desnaturado tinha abandonado na rua.
Vou ser sincera, eu não queria levar a gata pra casa. Nunca fui uma pessoa muito fã de gatos, tinha achado a gata feia e não queria ter problemas com a Yuki. Mas diante da expressão de felicidade do meu filho quando escolheu o bichinho não consegui dizer não, e nossa família aumentou... de novo.
Com o tempo, aquela gatinha sem graça ganhou o coração de todos, inclusive o da Yuki. Ela era meiga, carinhosa e brincalhona. E pra mim, ela passou a ser linda demais.

Boas amigas

Tudo estava às mil maravilhas, até que o destino decidiu puxar nossos tapetes fazendo-nos ter que mudar para um lugar minúsculo (ainda faço um post sobre como sobreviver em 16m²). E pense só, se um apartamento com dois quartos já era pequeno para uma vira-lata grande, uma gata, duas crianças e dois adultos, que dirá um kitnet pouco que a área de serviço que ela estava acostumada.
Consegui achar uma moça que tinha uma casa enorme com quintal e que precisava de uma cachorrinha. Então, a Yuki foi adotada pela segunda vez.
A casa ficou triste, meu filho mais novo e a Tora ficaram inconsoláveis. Eu não conseguia ir na área de serviço, onde ela dormia.
Daí entrou o Naruto, um gatinho adotado de um colega de serviço. Era mestiço de vira com siamês,a coisa mais fofinha.
Naruto, no dia que chegou

E nesse período de grandes adaptações e perda de espaço de circulação, ele e a Tora foram responsáveis pela alegria da minha casa e dos meus filhos.
E quer saber? Não me arrependo em ter adotado nenhum deles, nem mesmo a Yuki.
Afinal, se ela não tivesse vindo primeiro pra cá, não estaria agora com a nova dona e família, tendo muito mais espaço pra brincar e se exercitar.
Confesso que de vez em quando o coração ainda aperta, e bate aquela saudade, mas o alívio de saber que ela está bem é maior.



Por isso que, hoje em dia, não compraria um animal. Há tantos, como os que eu adotei por aí, esperando um lar e carinho sem alimentar a ganância de pessoas sem escrúpulos,que só querem cruzar animaizinhos para vender por preços exorbitantes, sem dar o mínimo de cuidado que eles merecem.

Para adotar um é super fácil. Há Ongs de protetores de animais pela net que ajudam na adoção de cães e gatos,e que inclusive dão suporte e dicas para os marinheiros de primeira viagem. Você também tem a opção de procurar em jornais, na parte de doações dos classificados ou até mesmo em Pet Shops e Clínicas Veterinárias.

Bom,é isso aí.

terça-feira, 6 de março de 2012

Promoção Kit Memes

Oi, people

Vai rolar uma promoção do grupo Animelan para um evento que vai ocorrer agora dia 17/03, aqui em Santos.
Para mais informações, é só clicar na imagem abaixo.




segunda-feira, 5 de março de 2012

Animelan

Passando só pra divulgar o mais novo grupo que tenho a honra de participar: o Animelan :) No site, faço a cada semana uma resenha sobre anime. Abaixo um texto que tirei do site do Animelan falando sobre o grupo.



"Animelan é o grupo de fãs de animes (animações japonesas) e cultura japonesa mais antigo em atividade na Baixada Santista. O grupo iniciou suas atividades em 13 de março de 2004 realizando exibições de animes e seriados tokusatsu como Jaspion , Changeman exibidos na época da saudosa Rede Manchete. 

Desde então 8 anos passaram e o grupo hoje é reconhecido e convidado a vários eventos do gênero tanto regional quanto em São Paulo e região: Animecon, Animabc, Anime Dreams etc. Assim como também foi convidado para projetos de eventos culturais como no Festival da Imigração Japonesa do Guarujá a convite do Dr. Paulo Soejima, presidente da Sociedade Nippo- Brasileira do Guarujá em junho de 2008. 

A Secult (Secretaria de cultura e turismo ) da cidade de Santos apóia o Animelan reconhecendo como um grupo sério organizado e o convida para projetos culturais levando a cultura pop e tradicional japonesa a um público diferenciado. 

Fora o apoio de nossos parceiros como a Berserk Batalha Campal, e bandas de J-music regionais como J-no Kami, Tatsu, Sashimi e Gattai já conhecidas no cenário da musica de São Paulo. 

Após realizar o Gattaicon em 07/06/2009 primeiro evento organizado pelo próprio grupo para comemorar os seus 5 anos de existência, atingiu a marca de 700 pessoas, o Animelan já planeja uma segunda edição melhor ainda em 2012.

Em 2010 já participamos de vários eventos de animes e culturais como: a mostra nacional de fanzines com apoio da gibiteca assim como lançamento do zine guaiaó, e a mostra de Animes do SESC. 

Também participamos do Oriex 3 com sala de atividades que foi aprovada pelo publico e o Anime Summer Plus onde também tivemos ótimo publico. Devido a participação ativa do grupo em eventos tanto culturais como de anime, fomos chamados pela Rede Record de televisão para uma reportagem sobre o grupo e o hobby dos cosplayers no programa Tudo a Ver, a reportagem teve ótima repercussão. 

Agora em 2011 o grupo participou do Anime Tsubasa , do Fun For Fan evento que comemora os 70 anos da Unisanta e outros eventos da região, como o Oriex, Animever, Anime Bis e o Festival do Japão de Santos. Além disso, realizamos diversas mostras da cultura, em escolas como Microcamp e All Net!


Em 2012, já estamos nos preparando para a 2ª edição do Gattai Con e outros eventos."


Não deixem de conferir.



sexta-feira, 2 de março de 2012

O que te faz sorrir?

Hello, people.

Depois de deixar um bom tempo o blog parado, cá estou eu de volta :)
Então, nesses últimos dias aconteceu algo super legal que queria dividir com vocês, algo que me deixou com um sorriso no rosto durante a semana toda e o coração mais leve.
Mas para isso, preciso contar uma pequena historinha ^^

Então senta que lá vem história (quem lembra dessa frase???)



Quando era mais nova tive um amigo e vivíamos quase o tempo todo juntos.
Sabe aquele tipo de amigo que já não é mais só seu amigo, é da sua família também?
Nós estudávamos juntos, saíamos juntos, fazíamos um monte de porcaria juntos. Quando um começava uma frase, o outro terminava. Afinidade total.
Mas o tempo passou, e logo aquela coisa simples acabou não sendo mais tão simples, já que novas personagens começaram a entrar em cena, como noivo, namorada, e etc.
A imaturidade inerente da idade impediu que resolvemos alguns conflitos de idéias e opiniões que surgiram, e logo coisas pequenas tomaram proporções gigantescas.
E por consequência disso, a amizade virou inimizade num piscar de olhos.
No momento da raiva, pareceu a coisa mais óbvia e natural ter chego até aquele ponto. Mas quando ela passou e a ficha caiu e foi devastadora a sensação.
Vi que tinha perdido meu melhor amigo. 
Fiquei arrasada, e com mais raiva ainda porque não entendia como ele podia ter sido tão insensível a ponto de me causar tanta dor propositalmente. Ele me deixou aleijada, por assim dizer. Afinal, sem ele ali tinha a nítida impressão de perdera uma das pernas.
Um amigo em comum tentou de tudo pra nos reaproximar e me convenceu a ir pedir desculpas. Eu fui,e tomei um fora. Aparentemente ele também estava com raiva e a coisa acabou ficando pior do que estava antes.
Os anos passaram, a vida continuou, e nós crescemos. Casei, tive filhos e fiquei velha (aiai, meus trinta anos). 
Nunca, nesse tempo, qualquer amizade que tenha feito chegou aos pés daquela. Nunca mais deixei alguém se aproximar tanto. Era um cargo de honra, e quem eu queria que ocupasse não estava mais lá.
Nesses anos que passaram, os conflitos que ocorreram foram ganhando uma importância cada vez menor, ao passo que as lembranças felizes ficavam voltando à cabeça de tempos em tempos cada vez que algo me remetia àquele tempo: uma música, um lugar, uma piada de mau gosto.
Até que depois de mais de dez anos, passeando por um site de receitas, por pura falta do que fazer já que eu não cozinho quase nada, achei um perfil que achei que conhecia.

E logo, uma vontade absurda de saber como ele estava tomou conta e lá estava eu, no meio do expediente, mandando e-mail pessoal pelo e-mail do trampo, para desespero do meu chefe.
No dia seguinte veio a resposta: ele ficou feliz que entrei em contato.
De lá pra cá ficamos botando o papo em dia. Afinal, muitas coisas aconteceram em dez anos!
Conversamos sobre as porcarias do passado. E foi muito bom ver ambos os lados admitindo erros e seguindo em frente.
Porque maturidade é isso. 

E agora, além do amigo de volta, ainda tenho a chance de ganhar uma nova amiga, já que ele casou :D
Espero que dê tudo certo, e não fiquemos mais tanto tempo afastados. Afinal, ainda tenho que apresentar o marido, as crianças, meus gatos chatos, xiiiiiiiii... tanta coisa.


É isso aí.
Inté a próxima